Diversas células da Anonymous estão agindo sob a #OpOlympicHacking, uma operação que pretende expor os gastos excessivos realizados por governos para a realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Agora, com o começo da Olimpíada, as células estão intensificando as ações.
Desta vez, a AnonOpsBR e a AnonBRNews, braços brasileiros da Anonymous, derrubaram sites e expuseram seis bancos de dados de instituições do Rio de Janeiro que, de alguma maneira, estão envolvidas com os Jogos. Entre elas, estão a Prefeitura do RJ e a Ouvidoria de Polícia.
“6 Bancos de Dados hackeados pela #OpOlympicHacking e todos os sites estão offline”, anunciaram via Twitter. Ainda foi postado um link para o Pastebin com todos os dados dos sites derrubados.
Recentemente, outra célula sob ideologia Anonymous, a Asor Hack Team, expôs toda a base de dados da Empresa Metropolitana de Trens Urbanos de São Paulo. A ação, proveniente de um hack, foi realizada contra o “propinoduto tucano”, de acordo com a AHT. “Em 2013, segundo a denúncia do Ministério Público, foi desviado um montante de, no mínimo, R$ 425 milhões das obras do Metrô e da Companhia Paulista de Transportes Metropolitano (CPTM). Contra o propinoduto tucano”, escreveu a Asor em um tweet. “Prisão de Geraldo Alckmin já! Não iremos parar, espere por nós!”.
Anonymous sem descanso
Já faz alguns meses que as células Anonymous no Brasil, antes menos ativas, vêm se organizando e planejando ataques em conjunto — principalmente com relação a questões políticas, que é o cerne da legião. Os pontos são bem explicados, e você pode conferir neste artigo chamado “Rio 2016: O Legado da Mentira“.
Sobre a Olimpíada no Brasil, o manifesto foi claro: “Olá, Rio de Janeiro. Sabemos que muitos já compreenderam o quão prejudicial foi (e continua sendo) a realização dos Jogos Olímpicos na cidade. A imprensa vende a ilusão de que toda a cidade comemora e festeja a recepção de turistas de todos os cantos do planeta, muitos deles atraídos pelas redes de prostituição e drogas a preço de banana. Essa falsa felicidade esconde o sangue derramado no subúrbio da cidade, principalmente nas favelas, graças às incontáveis incursões policiais e militares sob pretexto de uma guerra mentirosa”, escreveu a célula.
As células comentaram que vão continuar incomodando as autoridades
O manifesto continua: “A pobreza se alastra por toda a cidade, forçando famílias inteiras a saírem de seus lares e bairros tradicionais por conta da alta nos preços dos aluguéis e/ou remoções feitas por uma prefeitura corrupta e que atende apenas aos desejos da construção civil. Já manifestamos em outros comunicados nosso repúdio à realização de megaeventos em meio às desigualdades sociais gritantes neste país. Mesmo assim, mesmo após tantas palavras, tantos manifestos ou protestos realizados nas ruas (todos sempre totalmente vigiados pela repressão, quando não reprimidos com brutal violência) o governo parece que vai seguir ignorando as vozes de seu próprio povo”.
Por fim, a AnonOpsBR e a AnonBRNews comentaram que vão continuar incomodando as autoridades: “Daremos continuidade às nossas operações que visam desmascarar as inúmeras ações arbitrárias daqueles que são Estado e, por conseguinte, inimigos de sua própria população”.